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Londrina registra pela primeira vez sorotipo IV da dengue

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou ontem (9) novo boletim epidemiológico com a situação da dengue em Londrina. O relatório semanal apontou que, desde o início deste ano, 886 casos de dengue foram confirmados, 78 pacientes a mais que o resultado anterior.

Dentre as 7.407 notificações de casos suspeitos de dengue na cidade, 2.320 foram descartadas. Ainda aguardam o resultado dos exames laboratoriais outras 4.201 notificações, que seguem em andamento. E pela segunda semana seguida, houve queda no índice de notificações de dengue em Londrina, com 18 novos registros.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, houve a confirmação do sorotipo IV de dengue no município. O isolamento foi feito em um caso autóctone, ou seja, de morador local. Com isso, está constatada a circulação de três sorotipos virais na cidade: dengue tipo I, II e IV. “Esta cocirculação de três sorotipos acontece no município pela primeira vez, e é algo que exige mais atenção do trabalho de campo, bem como da assistência ao paciente”, explicou Sônia.

A diretora de Vigilância em Saúde disse que a maior preocupação com o sorotipo IV da dengue é em relação aos casos que poderão ocorrer no segundo semestre. “Com a dispersão do vírus pela cidade, todas as pessoas que já tiveram dengue neste primeiro semestre poderão ficar doentes novamente, e quanto mais próxima uma infecção da outra, maior a probabilidade de complicação, ou seja, da ocorrência de casos graves. Além disso, esta é a primeira vez que a dengue IV é registrada na cidade”, frisou.

O óbito em investigação comunicado na última semana foi confirmado por conta da dengue. Com isso, chegaram a seis as mortes provocadas pela doença em Londrina.

LIRAa

Os agentes de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde iniciam, na próxima segunda-feira (13), o segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. Nas próximas semanas, eles irão percorrer todas as regiões da cidade, tanto na área urbana como nos distritos, para inspecionar cerca de 10 mil imóveis, residenciais e comerciais.

O objetivo do LIRAa é identificar, por meio de um mapeamento da cidade, o nível de infestação do Aedes aegypti, ou seja, quantos imóveis possuem focos do mosquito transmissor da dengue. O levantamento também indica quais são as regiões e bairros com maior incidência do Aedes, e os principais tipos de recipientes que servem como criadouros. Com isso, o LIRAa permite que as ações educativas e de combate à dengue sejam intensificadas nas áreas com maior risco para a doença.

O Índice de Infestação Predial (IIP) apontado pelo primeiro LIRAa de 2019 foi de 7,9%, ou seja, de cada 10 imóveis visitados, em praticamente oito foram identificados focos do mosquito. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), IIP inferior a 1% indica condições satisfatórias; de 1% a 3,9%, situação de alerta; e superior a 4%, há risco de epidemia de dengue.

As vistorias nos imóveis devem ocorrer até o dia 18, quando inicia o período de análise dos dados obtidos no trabalho de campo. A previsão é que o resultado do LIRAa seja divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde em 30 de maio.

Com N.com

Foto: Luis Robayo/AFP

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