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Policial

Operação investiga desvios de R$ 1,1 milhão do Hospital Universitário de Londrina

Segundo a Polícia Civil, valores desviados podem subir durante o curso das investigações.

 

A Polícia Civil deflagrou nesta manhã (12) a Operação Espelho Falso, que investiga desvios na casa de R$ 1,1 milhão do Hospital Universitário de Londrina. São cumpridos oito mandados de busca e apreensão e cinco de sequestro de bens. Não há mandados de prisão expedidos.

Cinco veículos devem ser sequestrados, sendo um Hunday Santa Fé, Aircross 1.6 Shineiat, Fiat Strada Advent Flex, C4 Cactus 1.6 Thp Shine e Fiat Toro Volcano. Podendo ainda outros bens serem apreendidos.

As investigações tiveram início em outubro de 2017, por meio de denúncias do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), quando houve a suspeita que uma servidora pública, responsável pela Secretaria da Diretoria Clínica do Hospital Universitário (HU), fraudava licitações para a contratação de serviços médicos por meio de empresas terceirizadas. Com isso, pagamentos indevidos eram gerados.

A servidora investigada foi encontrada morta em outubro de 2018, em Bela Vista do Paraíso, na Região Metropolitana de Londrina.

O trabalho de investigação detalhou que ela copiava o Registro Demonstrativo de Frequência de Trabalho de um médico contratado por uma empresa lícita, e lançava junto ao processo de pagamento para uma empresa que pertencia o genro dela, um homem de 26 anos, que era estudante de medicina veterinária. Conforme a Polícia Civil apurou, o mesmo trabalho era pago duas vezes.

Ainda conforme a polícia, era o genro desta servidora que lançava notas fiscais com valor superior aos serviços prestados por médicos legalmente contratados, assim, a servidora conseguia justificar os gastos ao Estado.

Outra empresa, de uma médica recém-formada, de 29 anos,  responsável técnica na empresa do genro da servidora, ganhou uma licitação e o esquema fraudulento passou, então, a ser realizado pelas duas empresas, que foram criadas especificamente para fraudas licitações.

Uma terceira empresa é investigada no caso, que teria recebido pagamentos de R$ 295 mil, que foram repassados a pedido da servidora morta para as outras duas empresas envolvidas.

São investigados no esquema, além do genro da servidora morta, a médica recém-formada, o dono da terceira empresa envolvida, o filho e o marido da servidora, o irmão do genro e a ex-diretoria clínica e superintendente do Hospital Universitário, que à época dos fatos atuava na unidade.

Além dos mandados de busca e apreensão e sequestro de bens, também foram decretadas quebras de sigilos bancários de todos os envolvidos. Os suspeitos devem ser indiciados por peculato, falsificação de documento público, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de capitais.

A operação foi batizada como “Espelho Falso”, pois espelho é o nome popular que os servidores do Hospital Universitário de Londrina usam para denominar o Registro Demonstrativo de Frequência, que era copiado pela servidora para consumar o crime.

Foto: Ricardo Chicarelli

 

Outras informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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