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Londrina tem 21 casos de dengue confirmados

O número é mais da metade do registrado em todo o ano passado; Prefeitura alerta para circulação da dengue tipo 2 na região leste

 

Londrina notificou, no último período epidemiológico, quase 500 casos de dengue. Desses, 28 foram confirmados desde o final do ano passado, e 21 foram positivados em janeiro. O número é mais da metade dos casos confirmados durante todo 2018.

O secretário municipal de saúde, Felippe Machado, ressaltou que a maior preocupação é um foco do vírus da dengue tipo 2, identificado na região leste da cidade. “O sorotipo dois é o mais agressivo e costuma circular em estados mais avançados de epidemia. Há risco das pessoas contraírem em um curto espaço de tempo os dois tipos de dengue. Ao passo em que isso acontece, ela se agrava na segunda infecção”.

Com a presença do tipo 2, que mais acarreta em óbitos, a prefeitura planeja tomar medidas emergenciais, de acordo com o secretário. “Existe um plano de combate à dengue para tentar minimizar o impacto de uma possível epidemia na cidade. A ação na região leste, onde foi encontrado o tipo dois, será reforçada com mais de 100 agentes de endemias a partir de segunda-feira (4), quando serão revistados quase 25 mil imóveis”.

Machado argumentou que outras secretarias serão solicitadas para apoiar possíveis mutirões para recolher lixo. Além disso, o município pediu 10 carros para fumacê do governo estadual. Por enquanto, a única cidade em situação de epidemia no Paraná é Uraí (Norte).

“O LIRAa (Levantamento de Índices do Aedes aegypti) mostrou que 80% dos criadouros estão em casa e em lixos descartados de forma irregular”, lembrou Machado. O secretário pede o apoio da população para vistoriar as residências e remover os focos do mosquito. “Não adianta irmos à casa das pessoas e recolhermos os criadouros se isso vai voltar a cada 10 dias”, disse. Isso porque, em tempos de calor e umidade, os ovos do mosquito podem eclodir em cinco dias, segundo a diretora de vigilância em saúde, Sônia Fernandes.

Fernandes lembrou que é importante que a população deixe a casa aberta durante a passagem do fumacê para que o inseticida consiga atingir o mosquito. Embora o químico mate o Aedes aegypti, ele também atinge outros insetos, como libélulas, que são predadores naturais dos mosquitos. Questionada sobre o aumento de casos mesmo com a aplicação de vacinas da dengue, Fernandes disse que, mesmo com as três doses tomadas, a vacina é 65% efetiva, ou seja, pode falhar.

A orientação da Saúde, de acordo com a diretora, é que a limpeza seja frequente em vasos de planta e recipientes de alimentação de animais. O plano de enfrentamento foca agora na região leste. Segundo Fernandes, na região sul de Londrina, onde foi feita a maioria das notificações de dengue, “já fizemos os trabalhos que poderíamos fazer”.

“Estamos preparando para que as unidades de saúde estejam aptas a receber pacientes, adquirindo mais soros”, afirmou Machado.

Histórico de epidemias

A maior epidemia da cidade foi em 2003, com mais de 15 mil casos confirmados. Em 2016, Londrina registrou óbito por dengue, com quase 6 mil casos confirmados. Em 2017 e 2018 foram confirmados 40 casos.

Com informações da Folha de Londrina.

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