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Em Londrina, manifestantes protestam contra golpe militar

Manifestantes se reuniram nas ruas de diversas cidades brasileiras ontem (31) em protestos contrários à ditadura militar iniciada com o golpe de 1964, há 55 anos.

 

Em Londrina, manifestantes organizaram a chamada “Marcha Antifascista” em repúdio à polêmica incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em determinar que as forças armadas comemorassem o golpe militar de 1964, cujo início completou 55 anos ontem (31).

Aos gritos de “ditadura nunca mais” e “poder para o povo”, estudantes e ativistas de movimentos de esquerda se reuniram em frente a Biblioteca Púbica (centro) e seguiram por algumas ruas da região central até a Concha Acústica. Outros gritos de guerra contra Bolsonaro que se popularizaram nos carnavais de rua também foram entoados no protesto.

Com faixas e cartazes e vestidas de preto, cerca de 200 pessoas também relembraram personagens históricos que foram torturados pelo regime, como o jornalista Vladimir Herzog. Outras bandeiras também foram lembradas com o posicionamento do grupo contra a Reforma da Previdência que é a principal pauta em trâmite defendida pelo atual governo no Congresso.

Segundo o estudante Gabriel Rodrigues, membro do movimento Ação Antifascista Londrina, a marcha é suprapartidária. Ou seja, não foi organizada por partidos políticos. “Foi um período que rompeu com a democracia. Sem contar os atentados aos direitos humanos, tortura, mortes, desaparecimentos forçados. O dia 31 de março é uma data de luto e de luta, não só de lamentação.” Segundo Rodrigues, ao incentivar a comemoração do golpe militar, o presidente Bolsonaro feriu os princípios democráticos e constitucionais. “Ele atenta contra os pilares do Estado Democrático de Direito e a Constituição de 1988.”

Apesar do movimento classificado como apartidário, a ex-vereadora e ex-ministra do governo petista Marcia Lopes marcou presença no evento. Já a ex-vereadora e ex-deputada estadual Elza Correa (PPS), que enfrentou o período do regime quando era estudante, classificou como “insana” a tentativa do governo Bolsonaro de negar a ditadura no Brasil.

“É a mesma coisa que negar o Holocausto. Está tudo fora do lugar (…) Houve ditadura, foi um dos piores períodos da história brasileira. As perdas são irreparáveis. Ninguém consegue estancar o choro dos pais que perderam seus filhos. Foi um período de horror e querer comemorar isso está absolutamente fora do nosso pensar” disse.

Pelo país

No Rio de Janeiro centenas de manifestantes vestidos de preto se reuniram na Cinelândia, no centro, da capital para o ato “Ditadura Nunca Mais”. A concentração começou nas escadarias da Câmara dos Vereadores. Em um carro de som, políticos revezaram os discursos, como o ex-deputado federal Chico Alencar (PSOL).

O ato em São Paulo na avenida Paulista teve como ponto alto o boneco representando o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015) que foi apontado pela Comissão Nacional da Verdade como um dos responsáveis por torturas durante a ditadura militar. A frase “Sou Ustra, torturador, ídolo do Bozo”, relembrou a defesa feita publicamente por Bolsonaro ao coronel.

Via Folha de Londrina

Foto: Ricardo Chicarelli

 

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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