O delegado-chefe da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, Maurício de Oliveira Camargo, que investiga a morte da pequena Sophia Emanuelly, relatou que os pais e a avó da criança precisaram ser transferidos. Eles estavam presos na cadeia pública de Arapongas desde a última terça-feira (18), quando a menina morreu.
Doutor Maurício explicou, em entrevista à nossa equipe na manhã desta segunda-feira (24), que a transferência de emergência foi necessária porque os detentos estavam muito revoltados contra Roger da Silva Ribeiro (pai), Eduarda da Silva (mãe) e Maria Aparecida da Silva (avó). A prisão em flagrante dos três foi convertida em prisão temporária por decisão judicial.
De acordo com o delegado, a cadeia pública de Arapongas tem aproximadamente 240 detentos e a situação estava muito delicada, porque nem os próprios presos aceitam a brutalidade cometida contra a criança de apenas um ano e um mês, cuja morte foi causada por abusos sexuais contínuos.
O pai, Roger, é o principal suspeito do crime. A mãe, Eduarda, e a avó, Maria, foram presas porque sabiam que a criança foi estuprada e se omitiram. Segundo o delegado, os três foram agredidos dentro da cadeia. Na última sexta-feira (21), a nossa reportagem recebeu imagens de Eduarda com marcas de agressão, supostamente feitas pelas detentas, e áudios relatando que ela havia apanhado até confessar que sabia do crime.
Além da situação dentro da cadeia, o crime revolta e choca moradores de Arapongas. Na quarta-feira (19), um dia após a morte de Sophia, a casa da família foi incendiada. Cachorros que estavam no local foram resgatados, mas alguns pássaros morreram. Os autores do incêndio não foram identificados.
Mais detalhes na programação da Rádio Cultura AM 930
