O Portal do Norte do Paraná
Paraná

Setor produtivo pede que edital do novo pedágio do Paraná saia até 15 de abril e cobra agilidade

O G7, grupo que reúne as principais entidades do setor produtivo do Paraná, como a Federação dos Transportes e a da Agricultura, cobrou nesta segunda-feira (3) que o edital de licitação do novo pedágio seja lançado até 15 de abril.

O coordenador do grupo, Fernando Moraes, disse que o pedido será formalizado em documento a ser enviado a Brasília.

“O G7 vai levar exigindo que dê celeridade ao processo, mas que também dê segurança jurídica para tudo isso. […] Foi muito debatido, a gente já está cansado desse debate, a gente quer agora que comecem as obras, comece a valer o pedágio.”

O documento reunirá os principais pontos discutidos em reunião nesta segunda entre parlamentares da bancada federal, representantes do governo do estado e do setor produtivo.

O Ministério dos Transportes, responsável por definir o novo modelo do pedágio, não participou da reunião.

Impasse

As conversas desta segunda focaram principalmente na garantia das obras.

Uma frente defende o aporte financeiro, depósito em dinheiro que aumenta conforme o desconto oferecido pela concessionária nas tarifas. Esse valor pode ser usado para garantir a execução de obras, fazer novas obras não previstas em contrato ou baratear a tarifa.

Outra frente entende que o modelo de caução seria a melhor alternativa para se chegar a tarifas mais baratas. Nesse formato, a concessionária vencedora depositaria um valor a ser devolvido conforme entregue as obras.

O modelo de caução tem sido questionado, especialmente pelo setor produtivo. Para o gerente de assuntos estratégicos da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Mohr, o principal problema desse formato é a instabilidade jurídica.

“Já existe uma jurisprudência que diz que o caução ele pode ser entregue em apólice de seguro, carta de fiança, ou em dinheiro, à escolha do concessionário. A gente não quer que alguém vença a licitação e, no dia de assinar o contrato, chegue com o advogado do lado e não coloque em dinheiro esse valor”, explica.

O G7 defende o uso do aporte para garantir as obras. O vice-governador, Darci Piana, também disse que o aporte é o modelo defendido pelo governo do Paraná por trazer mais segurança.

Curva de aporte mais suave

O deputado federal Toninho Wanscheer (PP-PR) coordena a comissão criada para discutir o pedágio em Brasília. De acordo com ele, disse que as negociações estão avançadas, e que a curva do aporte deve ficar ainda mais suave.

Na prática, isso significa que a quantidade de dinheiro exigida da empresa vencedora para garantir as obras será menor. Por exemplo: se uma praça de pedágio fosse a leilão com tarifa base de R$ 10 para carros, as concorrentes iriam disputar a concessão com descontos em cima desse valor.

Antes, as empresas começariam a depositar o aporte a partir de 13% de desconto. Agora, segundo o deputado, o aporte só começará a ser exigido a partir de 18%. O objetivo é estimular a concorrência e descontos maiores, para baratear o pedágio.

Sem pedágio há mais de um ano

O Paraná está sem pedágio nas rodovias do antigo anel de integração desde novembro de 2021. Com as cancelas abertas, a responsabilidade pela manutenção das estradas ficou com o poder público.

Buracos, deslizamentos de encostas e falta de sinalização tornaram a viagem mais demorada e perigosa em vários trechos.

Recentemente governo federal liberou mais de R$ 400 milhões para a manutenção das rodovias. Mas os prejuízos em tempos de safra recorde de grãos já chegaram a quase meio bilhão de reais, segundo a Federação dos Transportes do Paraná (Fetranspar).

Via G1 Paraná

MAIS INFORMAÇÕES NA RÁDIO COBRA FM 107.1

Postagens relacionadas

Mulher perde o controle de carro e cai de viaduto na Avenida Dez de dezembro em Londrina

Paraná solicita manutenção de leitos Covid-19 ao Ministério da Saúde

Paraná segue em alerta contra a febre amarela

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais