O Portal do Norte do Paraná
Paraná

‘Saber que não vou mais ouvir a voz dela tem sido complicado’, diz mãe de menina morta que teve o corpo escondido pelo pai

A morte da menina Eduarda Shigematsu, que tinha 11 anos, desapareceu e teve o corpo escondido pelo pai no quintal de uma casa após ser esganada, completa um mês nesta sexta-feira (24). Nesses últimos 30 dias, a mãe dela, Jéssica Pires, conta que tem vivido momentos difíceis.

“Saber que não vou mais ouvir a voz dela, que ela não vai me mandar mais mensagens, não vou mais olhar para ela e ver o sorriso dela, tem sido muito complicado. Amava e amo muito ela”, conta a mãe da menina.

A criança desapareceu em 24 de abril em Rolândia, norte do Paraná. Quatro dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo enterrado nos fundos de uma casa que pertence ao pai da menina, Ricardo Seidi. O homem foi preso e confessou ter enterrado o corpo após, segundo ele, ter achado a garota morta.

Seidi foi preso por suspeita de ocultação no mesmo dia em que o corpo foi achado. A avó de Eduarda, Terezinha Guinaia, foi presa em 30 de abril suspeita de envolvimento no crime.

Eduarda nasceu quando a mãe dela tinha 16 anos. Jéssica Pires perdeu a guarda da menina logo depois de se separar de Ricardo Seidi. O relacionamento das duas era à distância, mas Jéssica descreveu a filha como uma menina brincalhona, inteligente, que gostava muito de dançar, cantar e conversar.

Segundo Jéssica, ela perdeu a guarda da menina porque, na época da separação, estava desempregada e não tinha residência fixa.

“Nunca quis entregar a minha filha, estava passando por momentos difíceis. Não cheguei a ser ouvida no processo de guarda, o juiz simplesmente passou a guarda para a Terezinha. Teve um momento que eu achei que ela seria melhor cuidada, porque eles tinham melhores condições”, detalha.

Jéssica Pires também diz que não imaginou que o pai e a avó da menina pudessem ter envolvimento no desaparecimento e na morte dela.

“Nunca pensei que eles pudessem estar envolvidos nisso. Passamos os dias procurando por ela, e nesses dias o Ricardo estava abatido, parecia que ele estava preocupado. A Tereza tentava me culpar do sumiço da Eduarda, mas ela não demonstrava preocupação com ela. Parecia que, naquele momento, o que ela queria era que todos pensassem que eu tinha sumido com a Eduarda”, diz.

Celulares de suspeitos periciados

Na terça-feira (21), a Polícia Civil recebeu o laudo das perícias realizadas em cinco celulares apreendidos. O relatório tem 100 mil páginas e está sendo analisado pelo delegado e investigadores.

Bruno Rocha, delegado responsável pelo caso, acredita que vai concluir o inquérito até 30 de maio. Ele, no entanto, já tem uma lista prévia dos crimes de que deve acusar os suspeitos.

“A princípio, o indiciamento será baseado nos crimes de homicídio com qualificadora de feminicídio. Como a menina morreu após ser asfixiada, também vou indicar que esse recurso impossibilitou a defesa da vítima e ocultação de cadáver”, disse o delegado.

Segundo Rocha, novos crimes podem ser apontados até a conclusão da análise caso seja descoberta a motivação da morte da menina.

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930.

Fonte: G1 Paraná

Postagens relacionadas

Paraná já imunizou mais de 50% do grupo prioritário com 1ª dose. Veja as cidades ‘campeãs’

Deputado Cobra Repórter apresenta Voto de Repúdio em relação ao filme “Como se tornar o pior aluno da escola”

Paraná: Bebê de 1 ano é picado por escorpião e estado de saúde é considerado gravíssimo

Cobra News (User)

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais