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Número de mortes por câncer cai pela primeira vez em 17 anos no Paraná

O Paraná pode ter registrado, pela primeira vez em 17 anos, uma queda (ainda que pequena) nos óbitos causados pelos mais diversos tipos de câncer. É o que revelam dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, os quais indicam que em 2020 (último ano com dados disponíveis) as neoplasias malignas apareceram como causa mortis em 14.693 registros de óbito no estado.

Na comparação com o ano anterior (2019), quando haviam sido registrados 14.701 falecimentos por câncer no Paraná, verifica-se uma redução pequena, de 0,054% nos registros, com sete falecimentos a menos num ano em relação ao outro. Ainda assim, é a primeira queda no número de falecimentos no estado desde 2003 – naquele ano, 9.240 pessoas haviam morrido por conta de neoplasias malignas, enquanto no ano anterior (2002) foram notificados 9.255 óbitos.

Importante notar, ainda, que o caso paranaense segue uma tendência nacional. No Brasil, os óbitos causados pelos cânceres cresceram consecutivamente entre 1996 e 2019, saltando de 102.034 registros para 232.040 no período (alta de 127%, superior à elevação de 113% verificada no Paraná nesse intervalo de tempo). Em 2020, no entanto, o país registrou 224.046 mortes por neoplasias malignas, com uma redução inédita de 3,45% em relação ao ano anterior.

Entre todas as unidades da federação, apenas Santa Catarina (+0,07%, com 9.168 falecimentos em 2020) e Mato Grosso (+1,23%, com 2.878 óbitos) viram o número de óbitos subir na comparação com 2019. Por outro lado, o Piauí (-9,74%, passando de 2.885 registros em 2019 para 2.604 em 2020) e o Distrito Federal (-7,73%, indo de 2.821 para 2.603 óbitos) registraram as maiores quedas.

Paraná apresenta segunda maior taxa de mortes por neoplasia

Os paranaenses, contudo, têm poucos motivos para comemorar. É que além da queda nos óbitos por câncer ter sido pequena, o estado ainda apresentou, em 2020, a segunda maior taxa de óbitos por neoplasia maligna em todo o país, atrás apenas do Rio Grande do Sul: foram 126,69 falecimentos para cada grupo de 100 mil habitantes no território paranaense, enquanto entre os gaúchos essa taxa foi de 164,68. Nos dois casos, a taxa de óbitos por 100 mil pessoas está bastante acima da média nacional, de 105,03.

Em número absoluto, o Paraná foi ainda o quinto estado com mais mortes por câncer no ano de referência, com 14.693 registros. Apenas São Paulo (54.580), Minas Gerais (24.022), Rio de Janeiro (21.822) e Rio Grande do Sul (18.883) tiveram registros mais expressivos.

A cada quinze minutos, há um diagnóstico

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão auxiliar do Ministério da Saúde, é que o Paraná registre ao longo de 2022 35.060 novos casos de câncer, o que dá uma média de 96 novos casos de neoplasia maligna por dia ou ainda um diagnóstico a cada quinze minutos.

Entre os diversos tipos de neoplasias existentes, os mais comuns no estado (considerando-se a localização primária da neoplasia maligna) são os casos de câncer de pele (não melanoma), com 8.390 casos estimados para este ano, seguido ainda pelo câncer de próstata (3.560 diagnósticos), pelo câncer de mama feminina (3.470) e pelo câncer de cólon e reto (2.480).

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