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Motoristas e TCGL buscam acordo para greve no transporte

Representantes da TCGL e do Sinttrol devem se reunir na manhã desta sexta-feira (5) para tentar pôr fim à greve da categoria.

 

Representantes da TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e do Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Londrina) devem se reunir nesta sexta-feira (5), às 9 horas, em uma nova tentativa conciliatória para tentar acabar com a greve da categoria, que teve início na madrugada de quinta-feira (4). A informação é do presidente do Sinttrol, João Batista da Silva. “A reunião será na 2ª Vara do Trabalho e será conduzida pelo juiz Carlos Augusto Penteado Conte, que vem mediando as negociações do dissídio”, destacou. A reunião terá a presença do prefeito Marcelo Belinati, do presidente da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), Marcelo Cortez, e do gerente de transporte da CMTU, Wilson de Jesus.

A greve foi deflagrada conforme definida em assembleia da categoria. Os motoristas cobram da TCGL o cumprimento das cláusulas da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), como reposição salarial e aumento do vale-alimentação. Sem acordo entre as partes, mesmo com negociação intermediada pela Justiça, os trabalhadores cruzaram os braços. A Londrisul, responsável por 15% do serviço de transporte coletivo em Londrina, já cumpre o acordo e suas linhas funcionaram normalmente.

O juiz substituto da 3ª Vara Trabalhista de Londrina, Ronaldo Piazzalunga, determinou o retorno de 50% dos ônibus às ruas de Londrina e de até 80% das linhas que servem o Parque de Exposições Ney Braga, durante a ExpoLondrina. A decisão atendeu pedido de liminar formulado à TCGL e ao Metrolon (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina) nesta quinta-feira. O magistrado ainda estipulou multa de R$ 50 mil ao Sinttrol em caso de descumprimento. Ele proibiu bloqueios na entrada da garagem da TCGL e do tráfego de veículos da empresa, sob pena de multa de R$ 1 mil por trabalhador impedido de executar suas funções e de R$ 10 mil por veículo impedido de circular.

Silva não gostou da decisão judicial. “Eu acho lamentável que o judiciário coloque tanta restrição a uma greve dos trabalhadores do transporte coletivo. Desta forma o trabalhador está condenado a ser escravo, com tantos abusos patronais. Foi uma decisão totalmente antidemocrática e contrária a nossos interesses”, declarou o presidente do Sinttrol.

“Sobre essa determinação de manter 50% da frota circulando, não cabe ao sindicato exigir que o trabalhador cumpra essa decisão. Quem realiza a escala de trabalho são as empresas. Se a empresa quiser e tiver mão de obra suficiente para cumprir essa determinação, não vamos obstruir”, argumentou. Segundo ele, o sindicato não pode obrigar o trabalhador voltar ao posto de trabalho descontente. “Não é tarefa nossa e nem temos esse poder. Por este mesmo motivo vamos discutir essa multa, já que o sindicato não manda no trabalhador. O trabalhador não é escravo do sindicato”, declarou João Batista da Silva.

Em nota, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) aguarda que o bom-senso se estabeleça na negociação entre a empresa e o sindicato a fim de que a população não seja prejudicada no seu direito de ir e vir pela cidade. “Neste sentido, a Companhia confia no cumprimento da medida liminar expedida pelo juiz da 3ª Vara do Trabalho de Londrina, Ronaldo Piazzalunga”, reafirmando que a decisão determina a manutenção da prestação de serviço nos percentuais estabelecidos na decisão.

O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Antonio Sampaio, ressalta que a entidade não faz parte da ação e afirma que a discussão sobre salários é um direito do trabalhador. Entretanto, ele diz que o momento escolhido para a paralisação é uma forma de forçar a negociação. “Nós fazemos a feira [Expo] uma vez por ano. O movimento é justo, mas tem de pensar de uma forma que não prejudique a coletividade”, disse.

Para ele, uma paralisação total do transporte coletivo prejudicaria principalmente os visitantes que utilizam o transporte coletivo e os trabalhadores temporários que atuam na feira. “Na ExpoLondrina, além dos visitantes, temos muitos trabalhadores, pois geramos aqui cerca de 8.000 empregos diretos e indiretos. E muitos deles dependem do transporte coletivo. Quando se trata de educação, saúde e transporte público é preciso ter muita responsabilidade para não prejudicar a sociedade”, declarou Sampaio.

Fonte: Folha de Londrina

 

Fotos: GinaMardones/Grupo FolhaFotos: GinaMardones/Grupo FolhaFotos: GinaMardones/Grupo Folha

 

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