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Justiça determina bloqueio de bens de construtora suspeita de dar golpe em ao menos 30 vítimas, em Londrina

A Justiça determinou o bloqueio de bens da construtora Simão, investigada por vender, mas não entregar imóveis e obras de reforma em Londrina, no norte do Paraná. A empresa é alvo de uma investigação da Polícia Civil e, até terça-feira (10), aos menos 30 vítimas do golpe prestaram depoimento.

Uma delas é Cleverson Oliveira que registrou em fotos e vídeos o descaso em uma obra que deveria durar apenas 60 dias, mas ficou pelo caminho. Ele contratou a construtora para construir um quarto com banheiro em sua casa no Jardim Columbia, zona oeste de Londrina.

“O pessoal da construtora veio aqui e pediu para o pedreiro parar. Ele passou o reboco, não passou as mangueiras, e por fora ainda está sem o telhado. O telhado foi pedido para colocar há muito tempo”, disse Cleberson.

Durante as várias tentativas de concluir as obras, Cleverson foi visitado por oito equipes diferentes de pedreiros enviados pela construtora, mas o serviço não avançava porque os trabalhadores alegavam não receber salários.

O impasse foi parar na Justiça que determinou o bloqueio de R$ 16.500 da construtora para ressarcir os prejuízos que o morador teve com a obra inacabada.

Além disto, o morador pede que no final do processo a construtora seja condenada em mais R$ 30 mil pelos danos morais provocados pelos longos meses de transtornos.

Há uma semana, a construtora foi alvo de uma operação da Polícia Civil. A estimativa inicial é de que os prejuízos com pessoas que contrataram a empresa, mas não tiveram seus imóveis construídos ou reformados, passe dos R$ 5 milhões.

A empresa é alvo ainda de outras ações na Justiça de pessoas e empresas que prestaram serviços para a construtora Simão e não receberam os pagamentos.

Vizinhos da empresa contaram que a construtora já enfrentava problemas financeiros há vários meses, chegou a ter a luz cortada e emprestou energia elétrica de um imóvel ao lado para manter suas atividades por algumas semanas.

“Eles vieram pedir a luz emprestada pra gente, eles disseram que tinha roubado o padrão do poste da Copel. Como boa vizinhança, emprestamos. Passou um mês, não pagaram. Quase dois meses aí eu cortei o fio e eles ficaram uns quatro dias sem luz ainda. Só depois é que foram me pagar”, afirmou uma testemunha que preferiu não se identificar.

O dono da construtora está foragido. Um sócio que mora em Sarandi prestou depoimento à polícia e disse que recebeu R$ 50 mil para emprestar o nome para constituir a empresa.

Via:G1/PR

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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