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Política

“Eu não fiz nada”, afirma Francisconi em coletiva à imprensa

Prefeito afastado convocou a imprensa para uma coletiva em sua residência na tarde de ontem (25), para prestar esclarecimentos aos rolandenses

 

O prefeito afastado de Rolândia, Luiz Francisconi Neto (PSDB), convocou a imprensa para uma coletiva em sua residência na tarde de sexta-feira (25). Segundo ele, o objetivo da coletiva é ter uma oportunidade de prestar esclarecimentos aos cidadãos rolandenses, que têm acompanhado as acusações contra Francisconi. Ele afirma consistentemente que não cometeu crime algum. “Eu digo para vocês, para todo mundo, que eu não fiz nada. Eu estou totalmente tranquilo com relação à minha inocência”.

Nossa equipe de reportagem esteve na casa do prefeito afastado e fez uma transmissão ao vivo, que pode ser assistida via Facebook. O médico afirma que desde setembro de 2018, quando foi afastado da Prefeitura Municipal e começou a ser investigado pelo Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), tudo que a população tem ouvido é uma versão unilateral, “fatos contados de um lado só”.

Francisconi relata que realmente esteve fora da cidade durante alguns dias, para preservar a saúde de sua esposa, que necessitou de cuidados. Ele conta que foi até o fórum na quarta-feira (23) e foi notificado por representantes da Câmara Municipal sobre a oitiva marcada para a quinta-feira (24).

O prefeito afastado esclarece que seu advogado, Anderson Mariano, havia protocolado na Câmara, em três ocasiões diferentes, um documento informando as datas em que ele estaria fora da cidade para participar de audiências de outros clientes. “Uma dessas datas era ontem. Sugerimos datas para que eu desse o depoimento. É meu direito de defesa que o doutor Anderson Mariano esteja comigo”, ressalta.

Os membros da Comissão Processante – vereadores Irineu de Paula (PSDB), Reginaldo Silva (SD) e Edileine Griggio (PSC) – deliberaram que Francisconi não terá outras oportunidades de participar de oitivas, tendo apenas o direito de apresentar as alegações finais, em um prazo de cinco dias úteis contados a partir de ontem (25).

Julgamento da Comissão Processante

O julgamento da Comissão Processante foi marcado para sábado (02), às 17h. Para que Francisconi seja absolvido, quatro vereadores devem votar contra a cassação. Quando questionado pelos repórteres sobre os resultados esperados dos julgamentos criminal e político, o prefeito afastado afirmou que tanto o Tribunal de Justiça (TJ) quanto os vereadores devem julgar o caso com coerência.

“No julgamento criminal tenho certeza que vou ser inocentado. Não existem provas porque eu não fiz nada. Quero crer que os vereadores vão entender que muita coisa do que foi dito não corresponde à realidade dos fatos. E eu acho que não existe condenar um prefeito que ainda nem começou o julgamento no Tribunal de Justiça”, ressalta.

Exposição nas redes sociais

O prefeito afastado também lamentou as ofensas via redes sociais que vem sofrendo desde que começaram as investigações. “É muito ruim a exposição toda, humilhante para minha família e totalmente desnecessária. Até por isso precisei sair da cidade durante alguns dias, não foi para me esquivar. Tenho todo respeito pela CP, por seus integrantes e finalidade”.

Francisconi também esclareceu que continua recebendo o salário de prefeito porque é um direito concedido pela Justiça. Ele justificou que não consegue trabalho e nem alugar um espaço para abrir um consultório médico porque está sendo investigado. “Não tenho nada a esconder de ninguém. Peço um pouco mais de equilíbrio na hora de fazer os comentários”, afirmou.

Outro ponto explicado pelo médico foi o fato de que as medidas cautelares não foram descumpridas. O prefeito afastado também reiterou a afirmação da defesa de que ainda não teve acesso ao conteúdo integral das acusações apresentadas ao TJ pelo Ministério Público.

O prefeito está afastado do cargo desde setembro de 2018, quando começou a ser investigado pela Operação Patrocínio, do Gaeco, acusado de receber propina de empresas em troca de favorecimento em licitações. A Câmara de Vereadores instaurou a Comissão Processante para investigar as supostas irregularidades.

Texto e fotos: Daiane Valentin

 

Outras informações na programação da Rádio Cultura AM 930

 

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