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Empresário de Londrina é denunciado por financiar transporte de pessoas em atos antidemocráticos de 8 de janeiro, afirma PGR

Um empresário de Londrina, norte do Paraná, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por financiar o transporte de pessoas que invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Segundo a denúncia, o homem, que não teve o nome revelado, pagou R$ 59,2 mil no frete de quatro ônibus de “dezenas de pessoas”. Além de financiar a viagem, ele foi acusado de participar da organização para a prática dos atos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não informou se a denúncia foi recebida. Esta é a primeira denúncia contra os financiadores de 8 de janeiro.

A PGR pede que o empresário responda por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da união e com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado.

Conforme a Procuradoria, o empresário participava de grupos de mensagens “com teor golpista”, que tinham o objetivo de “incitar a população e as Forças Armadas para não só contestar o resultado das eleições de 2022, como destituir o presidente eleito”, no caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na denúncia, a PGR afirma que o londrinense encaminhou, dias antes dos atos antidemocráticos, postagens em uma lista de transmissão de um aplicativo de mensagem “incitando a subversão da ordem democrática”.

Em uma das mensagens, o empresário disse que “alguns ônibus sairiam de Londrina para uma ‘tomada’ do Congresso Nacional”.

Prejuízos materiais

Segundo a PGR, as invasões e depredações provocaram prejuízos de, até o momento, R$ 3,5 milhões no Senado, R$ 2,7 milhões na Câmara dos Deputados, R$ 9 milhões no Palácio do Planalto apenas em obras de arte e R$ 11,4 milhões no STF.

A PGR montou um grupo específico para cuidar das investigações do caso, o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, que denunciou 1.413 pessoas.

Com informações:G1

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