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Londrina corre risco de epidemia de dengue

O primeiro índice de infestação do Aedes apurado em 2019 foi de 7,9%, número que aponta para risco de epidemia

 

O primeiro Índice de Infestação Predial (IIP) de 2019 em Londrina é de 7,9%, de acordo com o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Secretaria Municipal de Saúde. O número coloca Londrina em situação de risco para uma possível epidemia de dengue, conforme classificação do Ministério da Saúde (MS). A pesquisa e coleta de informações para o primeiro LIRAa desse ano foi realizada entre os dias 7 e 11 de janeiro e o resultado foi apresentado pela equipe da Secretaria de Saúde ontem (22).

Os dados são coletados por meio de visitas dos Agentes de Endemias aos imóveis. De 10.472 imóveis percorridos no período de análise, 838 apresentaram focos do mosquito da dengue. Os Agentes vistoriaram 5% dos 218.209 imóveis cadastrados na base de dados da Coordenação de Endemias, entre residências, comércios e terrenos baldios. Participaram deste trabalho 233 agentes de controle de endemias e 15 servidores do Ministério da Saúde.

Pode-se observar que a chegada dos meses mais quentes do ano fez o índice aumentar. O último LIRAa de 2018, feito em outubro, registrou 5,4% de infestação. O índice atual é inferior ao apontado no mesmo período do ano passado, de 12,1%. Segundo informações da Secretaria de Saúde, 80% dos focos foram encontrados em depósitos móveis, como pratos e frascos com plantas, bebedouros de animais e também no lixo – em recipientes plásticos, garrafas e latas.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, disse que recebe o resultado com bastante preocupação, pelo risco de epidemia de dengue. “Os números apontam que a maioria dos focos está dentro dos quintais das pessoas ou no lixo descartado de forma irregular. Isso reforça a ideia de que a população precisa se conscientizar sobre a importância de olhar o seu quintal, recolher os criadouros, caso contrário podemos atravessar uma epidemia de dengue, casando riscos de óbitos à população. Temos visto diversos municípios do Paraná, inclusive próximos a Londrina, que já se encaminham para isso”, alerta.

Segundo o levantamento da Secretaria, a área da cidade com maior número de focos do mosquito é a região Sul, com índice de 9,38%. Em seguida está a região Central, com 8,58% de infestação. Nas regiões Norte e Oeste, os índices foram de 7,93% e 5,82%, respectivamente.

O secretário de Saúde lembrou que já foram realizadas diversas atividades de combate ao Aedes na região Sul, por ser a área da cidade com maior número de focos do mosquito, e outras estão sendo programadas, em caráter de mutirões.

A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, contou que para complementar as ações de combate, o município vai solicitar ao governo do Paraná a vinda dos carros fumacê para Londrina, pois tanto o veneno quanto os veículos são disponibilizados pelo Estado. Segundo ela, o veneno utilizado ataca os mosquitos na fase adulta que estão em circulação.

O mais importante, porém, é eliminar os criadouros. “O que evitará o aparecimento de novos mosquitos e uma nova infestação é a eliminação dos criadouros e é isso que estamos fazendo com as nossas equipes, visitando casa a casa”, frisou.

Londrina registrou 3.077 notificações de casos suspeitos de dengue em 2018. Destes, foram confirmados apenas 37, outros 2.707 foram descartados e 333 ainda seguem em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais.

Em 2019, até o momento, foram 128 notificações. Nenhum caso foi confirmado até agora, quatro foram descartados e outros 124 estão em andamento.

Foto: Divulgação

 

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