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Política

Fila da bariátrica: CFM amplia o público elegível, mas SUS realiza apenas 10% dos procedimentos

Nos últimos quatro anos, o número de cirurgias bariátricas feitas no Brasil aumentou 42%, mas 90% delas foram feitas por planos de saúde ou particulares. No total, foram mais de 290 mil procedimentos e apenas 10% deles feitos pelo SUS. Neste mês, o Conselho Federal de Medicina (CFM) mudou as regras e ampliou a recomendação para este tipo de cirurgia.

Mas as filas de espera na rede pública ainda tornam o procedimento uma realidade distante para quem tem uma doença que pode levar à morte. Além disso, o perfil de pacientes que está na fila de espera é de quem não tem acesso ao tratamento farmacológico para a obesidade.

Antes, a bariátrica só era permitida para pessoas com IMC a partir de 35 e este número agora foi reduzido para 30. A entidade também incluiu os adolescentes entre os pacientes que podem fazer o procedimento.

“Existem hospitais públicos que têm filas de cinco, sete, nove anos, com pacientes aguardando para realizar a bariátrica”, afirma Cintia Cercato, presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e diretora do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

➡️🗓️ No Rio de Janeiro, o tempo médio de espera hoje está em 403 dias. Em fevereiro de 2023, era de 1.300 dias, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).

O órgão informa que “a cirurgia bariátrica não é considerada procedimento de urgência e a regulação desse recurso é feita basicamente pela ordem cronológica, com prioridade para os pacientes que estão próximos de completar 65 anos, idade limite para serem submetidos à cirurgia”.

➡️Em São Paulo, de janeiro a março deste ano, foram realizadas 505 cirurgias bariátricas no estado, nos hospitais do SUS, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. Em 2024, foram realizadas 2.033 cirurgias; em 2023 foram 1.434; em 2022 foram 1.332 e em todo ano de 2021 foram 582.

A secretaria destaca que a jornada até a cirurgia em si envolve, no mínimo, dois anos de acompanhamento clínico, durante os quais o quadro clínico do paciente é analisado para garantir que a cirurgia seja a melhor opção.

“Entre os anos de 2023 e 2024, houve um aumento de 80% no número de cirurgias bariátricas por videolaparoscopia e, com isso, as instituições filantrópicas que realizaram o procedimento receberam a complementação de R$11,3 milhões do tesouro do estado”, informa a secretaria.

Fila oficialmente não conhecida
O Ministério da Saúde não tem uma estimativa do tamanho da fila para a realização desta cirurgia no SUS. Em resposta ao g1, informou que trabalha para, a partir do 2º semestre de 2025, ter o conhecimento real da totalidade das filas de espera por cirurgias em todo o país, bem como por procedimentos ambulatoriais.

Isso porque, a partir do 2° semestre, deverá ser obrigatório o envio, por parte dos entes federados, dos registros de regulação assistencial para a Rede Nacional de Dados em Saúde.

Com informações:G1

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