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Falta de recenseadores faz IBGE prorrogar novamente coleta do Censo 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que prorrogará novamente a coleta em campo do Censo Demográfico 2022. Com novos atrasos em campo, o prazo será estendido de dezembro até, no mínimo, o fim de janeiro. O trabalho de levantamento de informações, que teve início em 1º de agosto, estava previsto inicialmente para se estender apenas até o fim de outubro.

“A gente vai ter parte do Censo em alguns estados e municípios sendo levada pro ano que vem”, reconheceu Cimar Azeredo, diretor de Pesquisas do IBGE. “A ideia é que a gente termine isso no final de janeiro.”

Até o dia 5 de dezembro, foram recenseadas 168.018.345 pessoas em 59.192.875 domicílios no País, o equivalente a 78,73% da população brasileira. Até o momento, 48,4% eram homens e 51,6%, mulheres.

Como consequência, os dados sobre a população de estados e municípios que serão entregues ao Tribunal de Contas da União (TCU) em 26 de dezembro ainda precisarão ser completados, em parte, com estimativas populacionais feitas com base nos dados do novo censo. As informações sobre contingentes populacionais são usadas no rateio do Fundo de Participação de Estados e Municípios.

“A gente tinha expectativa de entregar preliminares do Censo. Para municípios que fecharem (a coleta), a gente vai conseguir fazer essa entrega. Para os que não fecharem, o IBGE vai fazer algum tipo de modelagem”, contou Azeredo, acrescentado que a equipe técnica ainda não definiu que tratamento será usado para completar os dados ausentes de populações para o TCU.

“Ano que vem a gente divulga o resultado definitivo”, contou Duarte.

O pesquisador disse que o órgão ainda não decidiu como será a divulgação do resultado de população de municípios maiores, mesmo que já tenham sido recenseados.

Entre os brasileiros já recenseados até o momento, 29,43% estavam na região Nordeste, 39,54% no Sudeste, 14,76% no Sul, 8,79% no Norte e 7,44%no Centro-Oeste. O estado com maior proporção de pessoas recenseadas é o Piauí (96,2%), seguido por Sergipe (91,2%) e Rio Grande do Norte (89,8%). Os menos adiantados são Mato Grosso (65,9%), Amapá (66,9%) e Espírito Santo (70,67%).

“Isso foi mais acentuado nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, disse Azeredo. “Já está em curso uma operação de transferência interestadual de recenseadores e intraestadual de recenseadores”, acrescentou.

Em todo o País, o IBGE conta com 60.611 recenseadores em ação no momento, cerca de um terço de todas as vagas disponibilizadas.

“Hoje a gente não precisaria de 180 mil recenseadores, porque já estamos praticamente com dois estados com coleta encerrada”, ponderou Luciano Duarte, gerente técnico do Censo. “No início de agosto a gente gostaria sim de ter tido esses 180 mil recenseadores.”

Em agosto, o IBGE alcançou um pico de 112.692 recenseadores em atividade.

“Talvez uns 80 mil seria ideal ter hoje”, calculou Duarte.

Cimar Azeredo não vê, por ora, necessidade de complementação orçamentária para a operação censitária.

Nos Estados que fecharem a coleta, o IBGE abrirá um serviço chamado Disque-Censo, para moradores que quiseram comunicar não terem sido recenseados. Num primeiro momento, apenas Piauí e Sergipe terão essa forma de prestação de informações.

“O IBGE vai deixar aberto para quem ainda não respondeu e ainda quer responder”, explicou Azeredo.

O IBGE alega que a concorrência por mão de obra dificulta a contratação de recenseadores em locais onde o mercado de trabalho mostra taxa de desemprego mais baixa.

“O agronegócio, ele tem uma captação muito grande de mão de obra, o que torna o mercado de trabalho muito competitivo”, argumentou Cimar Azeredo.

No entanto, dificuldades enfrentadas por recenseadores na coleta, como a resistência de moradores, o atraso inicial de pagamentos e as remunerações variáveis e baixas, também tornam as vagas pouco atrativas. Cimar Azeredo reconheceu que a remuneração inicial planejada pelo IBGE para a contratação dos temporários “era muito abaixo” do ideal, mas diz que o problema tem sido corrigido com incentivos e auxílios nos locais de maior dificuldade de coleta.

Via:Agência Brasil

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