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Policial

Caso Maria Helena: polícia suspeita que corpo de vítima estava em mala

Imagens de câmera de segurança registraram o dia do desaparecimento de Maria Helena, em Apucarana. A Polícia Civil acredita que o marido – e principal suspeito – matou a vítima estrangulada e colocou o corpo em uma mala.

Caso é considerado um enigma pela polícia

A princípio, a Polícia Civil de Apucarana foi notificada que Maria Helena, o marido, Thomas Oliveira de Melo, e filha, de três anos, estariam desaparecidos. Porém, dias depois, descobriram que a criança estava na casa da avó paterna, em Santa Catarina. A menina foi deixada pelo suspeito, sem a presença de Maria Helena.

“A mãe dele entrou em contato com a minha outra irmã e perguntou da Mari e a gente falou: ‘como assim? a Mari foi aí’. Ai a gente percebeu que, ela perguntando da Mari, quer dizer que ela nem chegou lá. Ela disse que ele [Thomas] passou lá, deixou a Isabela, e foi embora, sumiu”, contou Gislaine Carvalho, irmã de Maria Helena.

 

 

Imagens mostram vítima no dia do desaparecimento

Imagens de câmera de monitoramento do prédio onde a Maria Helena morava com a família mostram o dia do desaparecimento da vítima: 11 de setembro de 2019.

Dia 11 de setembro:

Thomas, Maria Helena, a filha e o filho aparecem na garagem do prédio às 7h47. A vítima aparenta estar nervosa na imagem;

“Nós descobrimos que no dia 11 de setembro o casal teve uma discussão no período da noite” delegado Marcos Felipe.

Dia 12 de setembro:

Thomas abre a porta de vidro da garagem com cautela às 5h44, para não acionar o sensor de presença que iluminaria o local;

Dois minutos depois, é possível ver a sombra do suspeito parada, analisando o ambiente, e retornando para o ambiente;

Às 6h23, Thomas sai com o veículo e retorna três minutos depois, a pé. Segundo a polícia, ele teria deixado o automóvel na rua lateral do prédio;

Às 7h05 ele sai com a filha, de três anos, e o filho da vítima, de oito anos, a pé; meia hora depois, ele retorna sozinho para o prédio;

Dias 13 e 14 de setembro:

As imagens de câmera de segurança mostram o suspeito andando pelo condomínio, mas não registra a presença de Maria Helena;

Dia 15 de setembro:

Thomas aparece com uma mala às 4h41 e encara a câmera; seis minutos depois, ele desce novamente do apartamento com mais uma mala, a bolsa da filha e uma bolsa azul;

Às 5h12, o suspeito sai com a criança no colo e entra no carro; depois dessa imagem, ele despareceu.

A polícia trabalha com duas linhas de investigação para o caso Maria Helena:

– Thomas matou a mulher estrangulada, jogou a companheira pela janela e colocou o corpo no porta-malas do carro;

– Thomas matou a mulher estrangulada, colocou o corpo em uma mala e depois se livrou do cadáver;

Segundo a polícia, o único cômodo na casa que tinha presença de sangue era o banheiro. Além disso, o apartamento estava todo revirado. “A bolsa de Maria Helena, com todos os pertences, estava na casa. É uma situação que levanta suspeita e nós estamos intensificando cada vez mais as investigações”, afirmou o delegado Marcos Felipe.

O caso foi notificado como desaparecimento, mas a polícia informou que não descarta a hipótese de um homicídio.

Desaparecimento completou 30 dias

O desaparecimento de Maria Helena completou trinta dias na última sexta-feira (11). Os familiares continuam divulgando imagens da jovem, de 28 anos, nas redes sociais com a esperança de encontrá-la.

“A gente sempre pensa no pior né, porque 30 dias que ela não fala com a gente, não entra em contato. A gente acredita que se ela tivesse uma chance de se comunicar, ela já teria feito isso”, afirmou a irmã.

A vítima e o principal suspeito estavam juntos há cinco anos e tiveram uma filha. Além da menina, a mulher tem um menino que é fruto de um relacionamento anterior. A criança foi encontrada na casa da avó paterna no dia 19 de setembro, em Santa Cecília.

Antes do desaparecimento, o homem anunciou a venda de diversos móveis da casa, porém, a família só descobriu isso dias depois. “A família não conseguia ver essas vendas porque a gente foi bloqueado para ver. As amigas que começaram a mandar e a gente começou a descobrir, mas por que estava vendendo os móveis antes de sair da casa?”, disse a irmã da vítima.

Marido tem mandado de prisão em aberto

Thomas Oliveira de Melo é considerado foragido pela Justiça de Santa Catarina, já que um mandado de prisão contra ele está em aberto. O homem é acusado de tentativa de feminicídio em Santa Cecília, onde esfaqueou uma jovem.

Nas redes sociais, a irmã de Maria Helena disse que, após fugir de Santa Cecília, em 2018, ele conheceu sua irmã.

“Se escondeu da minha irmã por cinco anos, nunca desconfiamos se quer que ele era um procurado por tentativa de feminicídio contra a sua outra esposa, em Santa Catarina. Parecia uma pessoa normal, teve uma filha com a minha irmã e formou uma família. Quem poderia desconfiar que ele era um procurado?”

 

 

Informações: Ric Mais

Fotos: Reprodução/Redes sociais

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