A Black Friday já é a quinta data mais importante para o comércio nacional, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
E neste ano, o comércio deve receber volume recorde de R$ 5,4 bilhões com a Black Friday, temporada de compras que terá como marco o dia 28. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se o valor se confirmar, será um recorde.
A projeção da CNC representa crescimento de 2,4% em comparação com o ano passado (R$ 5,27 bilhões), já descontada a inflação do período, mas reconhece que poderia ser melhor se o momento econômico não fosse de cautela.
“É momento de cautela na economia nacional, de incertezas no cenário externo e de endividamento recorde das famílias brasileiras, mas, ainda assim, veremos um incremento nas vendas da Black Friday este ano”, afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, observando que o aumento poderia ser ainda maior, caso houvesse mais isonomia tributária em relação às compras internacionais.
Para a Black Friday de 2025, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão) deverão responder por mais de dois terços (68%) da movimentação financeira prevista. Outros ramos do varejo com altas cifras devem ser o de vestuário e acessórios (R$ 0,95 bilhão) e o de farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 0,38 bilhão).
Ao apontar motivos para o volume recorde, a CNC lembra que a economia brasileira tem vivenciado desvalorização do dólar (que deixa produtos importados mais baratos), perda de força da inflação e crescimento de emprego e renda média do trabalhador.
Black Friday brasileira
A Black Friday brasileira é inspirada na tradicional queima de estoques realizada pelos comerciantes dos Estados Unidos após a celebração do Dia de Ação de Graças, feriado americano comemorado sempre na última quinta-feira de novembro.
Em 2010, segundo a CNC, a movimentação foi de R$ 1,52 bilhão. À época, apenas os segmentos de móveis e eletrodomésticos, livrarias e papelarias e as lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos estavam envolvidos com o evento. Com informações da CNC e Agência Brasil.
Data faz parte da rotina
Para o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, a data já faz parte da rotina de consumo e planejamento dos paranaenses. Ele observa que a Black Friday representa uma oportunidade de economia quando há pesquisa e organização prévia das compras. “Parte dos consumidores aproveita o período para antecipar as compras de Natal e adquirir produtos com maior valor agregado, como eletrônicos e eletrodomésticos. A data se consolidou no calendário nacional e hoje abrange vários segmentos do varejo e de serviços. Embora possa elevar temporariamente o endividamento devido ao parcelamento, o comportamento predominante do consumidor paranaense é cauteloso e consciente, tanto que o estado apresenta um dos menores níveis de inadimplência do país”, ressalta Schmidt.
Tíquete médio no Paraná
A Black Friday segue se consolidando como o grande evento do varejo em novembro. No Paraná, sondagem da Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR aponta que 36,8% dos consumidores percebem vantagens na data.
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O levantamento revela que o consumidor está cada vez mais atento: 35,8% comparam preços uma semana antes das compras, 31,4% iniciam o monitoramento com um mês de antecedência e 13,7% começam a acompanhar os valores mais de 30 dias antes. Apenas 19,1% não fazem pesquisa prévia.
Com informações:Bem Paraná/Foto:Matheus Freitas
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