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A cada dois minutos, uma pessoa é furtada, roubada ou trapaceada no estado do Paraná

A cada dois minutos e 22 segundos que passa, uma pessoa é vítima de furto, roubo ou estelionato no Paraná. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última semana, em 2022 as polícias paranaenses registraram mais de 220 mil ocorrências assim, com alta expressiva no total de registros em relação ao ano anterior. Enquanto os casos de roubo, de maneira geral, estão em queda, as situações de furto e os casos de estelionato se tornaram mais frequentes.

As informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apuradas com base nos dados repassados pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública, apontam que em 2022 o Paraná registrou um total de 222.089 ocorrências de roubo, furto e estelionato. Na comparação com o ano anterior, são 33.602 boletins de ocorrência (BOs) a mais, o que significa uma alta de 17,8%.

Esse aumento se deve principalmente ao avanço dos casos de estelionato, crime que consiste basicamente na prática de golpes, nos quais o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem (na maioria da vezes em dinheiro). No ano passado foram registradas 139.839 ocorrências desse tipo (19,7% a mais do que em 2021), com especial destaque para a alta nas situações de estelionado por meio eletrônico (as chamadas fraudes eletrônicas), que saltaram de 1.890 registros num ano para 5.685 no outro (+200,8%).

Os casos de furto (descrito como subtração, ou seja, diminuição do patrimônio de outra pessoa, sem que haja violência), no entanto, também se tornaram mais frequentes. Houve 13.762 furtos de veículo (18% a mais do que em 2021), mas o que aumentou mesmo foram os relatos de furto de celular: houve 20.076 ocorrências em 2021, número que subiu para 29.628 no ano passado, um avanço de 47,6%.

Crimes contra o patrimônio estão em alta, mas roubos caem
Os crimes contra o patrimônio estão listados todos no Código Penal, entre os artigos 155 e 180. Na lista, estão tipificadas condutas como receptação, estelionato, apropriação indébita, dano a coisa alheia, usurpação, extorsão, roubo e furto. Ou seja, uma gama de crimes caracterizados pela subtração, destruição, danificação, apropriação indevida ou obtenção ilícita de benefícios em relação a bens materiais de outrem.

No Paraná, essas condutas (que não se limitam ao furto, roubo ou estelionato) registram alta expressiva nos últimos anos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), em 2022 foram registrados um total de 386.821 casos de crimes contra o patrimônio no estado, valor que supera os 343.726 registros do ano anterior e aponta ainda para uma alta de 20% na comparação com 2020 (quando houve 286.547 ocorrências desse tipo).

Já em 2023, apenas nos cinco primeiros meses do ano (janeiro a maio) foram registrados 155.499 boletins de ocorrência relatando crimes assim.

Roubos em queda
A boa notícia, por outro lado, é que os registros de roubo (um crime mais grave, descrito na lei como subtração mediante grave ameaça ou violência) tiveram queda no Paraná em 2022, de uma maneira geral. Foram 38.860 ocorrências desse tipo, com redução de 2,6% na comparação com 2021.

Os casos de roubo de veículo, de carga e a estabelecimento comercial, por exemplo, recuaram mais de 13%. Os registros de roubo a residência, a transeunte e a instituição financeira, por sua vez, recuaram entre 5 e 12%, enquanto as situações de roubo de celular foram a exceção e tiveram alta de 13,3% (com quase 12 mil registros).

Atuação policial
Para o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, os números refletem uma atuação policial cada vez mais coordenada. “Estamos trabalhando de maneira ostensiva para prevenir roubos, com policiais nas ruas em locais e horários estratégicos, principalmente nas grandes concentrações urbanas. A Polícia Militar tem feito operações estratégicas, guiadas por números e um trabalho de inteligência, desarticulando grupos criminosos e inibindo, cada vez mais, a criminalidade contra residências, comércios e na área rural”, disse.

Ele também destacou o aumento no número de efetivo das forças de segurança, que deve colaborar ainda mais com a queda nos números. “Em 2022 entraram em atuação 400 policiais civis, entre delegados e investigadores, levando um trabalho muito qualificado para o Interior do Estado, e também iniciamos a formação de mais de 2 mil policiais militares, que em breve estarão operando para reforçar os batalhões dos nossos municípios”, complementou.

Com informações:Bem Paraná

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