O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (23) novas recomendações para a realização da mamografia como parte da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Pela primeira vez, o exame passa a ser recomendado “sob demanda” para mulheres de 40 a 49 anos, mediante vontade da paciente e indicação médica.
Segundo José Barreto, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer da Pasta, as regras anteriores que dificultavam o acesso a esse grupo etário serão revogadas. “Nosso compromisso é consolidar a maior rede de prevenção de câncer do mundo”, afirma.
Como era e como fica
Até agora, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) orientava a mamografia apenas para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos, mesmo sem sinais ou sintomas. Com as mudanças, o Ministério passa a recomendar:
- 40 a 49 anos: acesso garantido ao exame, sem rastreamento obrigatório a cada dois anos;
- 50 a 74 anos: rastreamento populacional bienal;
- Acima dos 74 anos: decisão individualizada, de acordo com comorbidades e expectativa de vida.
Barreto destacou que a expansão da faixa de rastreamento — antes restrita até 69 anos e agora até os 74 — é um “chamamento” para que mais mulheres façam o exame regularmente.
Exame essencial
A mamografia é considerada o principal exame de rastreamento do câncer de mama. Ela permite identificar alterações como nódulos, cistos e espessamentos do tecido antes de sinais clínicos. Quando há suspeita, pode ser indicada biópsia para confirmar o diagnóstico.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) já defendia a realização anual do exame a partir dos 40 anos. Em 2024, mais de 30% das mamografias realizadas no país foram em mulheres abaixo dos 50 anos, segundo o Ministério da Saúde.
Estrutura de atendimento
Secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales destaca que as medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla de prevenção. Ele relembra que, em maio, o governo lançou o programa de carretas da saúde. Ainda segundo ele, em outubro, 27 unidades móveis estarão em 22 estados oferecendo consultas, mamografias e biópsias.
Com informações:G1/Foto:Daniel Viana/Semsa
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