Um levantamento da Timelens, empresa de inteligência de dados, mostrou aumento de 1.450% nas buscas online por “remédios para dormir sem receita” nos últimos cinco anos.
Segundo o neurologista Cássio Lacerda, do Hospital Moriah, muitos medicamentos usados para induzir o sono apresentam riscos e podem interagir com outras substâncias em uso pelos pacientes.
Outro alerta do médico é o efeito rebote, capaz de causar sonolência diurna, quedas e dependência psicológica.
“O uso indiscriminado desses fármacos também pode mascarar doenças graves, como apneia, depressão e transtornos neurológicos ou psiquiátricos. É preciso cuidado”, ressalta Lacerda.
Dados da Abifarma (Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas), divulgados em junho deste ano, indicam cerca de 20 mil mortes anuais no Brasil relacionadas à automedicação.
No cérebro, o consumo sem controle de remédios para dormir pode prejudicar a rede executiva central, afetando foco, planejamento e tomada de decisões.
Lacerda reforça que o medicamento não representa o caminho mais indicado para tratar insônia. “O tratamento mais eficaz é a terapia cognitivo-comportamental para insônia.”
Com informações:R7/Foto:Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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