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Em 12 meses, 81,5 mil pessoas morreram no Paraná: ‘Incerteza do que vem pela frente’, diz presidente do Irpen

No período de março de 2020 a fevereiro deste ano, 81.533 mil pessoas morreram no Paraná, de acordo com o Instituto de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen-PR). Os dados constam no portal da transparência do registro civil.

Na comparação com o período de março de 2019 a fevereiro do ano passado, o aumento foi de 8,97% no número de falecimentos, sem distinção de causas.

A presidente do Irpen, Elizabete Regina Vedovatto, pontuou que este crescimento no número de óbitos foi potencializado pela pandemia do novo coronavírus.

“É muito triste porque a gente fica na incerteza do que vem pela frente, talvez seja ainda mais complicado, ainda mais doloroso. Dá para dizer que a Covid gerou esse aumento expressivo, sem dúvidas. Nós percebemos que quando tem feriado, gera aglomeração de pessoas, e logo na sequência é registrado aumento de óbitos”, disse.

O número de falecimentos dos últimos 12 meses indica um crescimento de 21,63% nos óbitos em relação à média histórica, que sempre esteve na casa de 1,5%, totalizando 20,04 pontos percentuais a mais no período, conforme o Irpen.

São 14.500 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos, desde 2003.

“Temos registros de morte por insuficiência respiratória, infarto, outras causas. Mas, muito mesmo são de óbitos pela Covid-19. Então, eu atribuo o aumento gritante à pandemia, ao medo de buscar uma unidade hospitalar ou até a falta de leitos em alguns hospitais. Nós percebemos que no Paraná e no Brasil não estamos preparados para uma pandemia, para situações diferentes como essa. A gente sempre trabalha com o básico. Acho que nenhuma área escapou ilesa desse momento”, comentou Elizabete.

Número de falecimentos dos últimos 12 meses indica um crescimento de 21,63% nos óbitos em relação à média histórica — Foto: Natalia Filippin/G1

Número de falecimentos dos últimos 12 meses indica um crescimento de 21,63% nos óbitos em relação à média histórica — Foto: Natalia Filippin/G1

Mês mais letal da série histórica

A presidente do Irpen afirmou que o agravamento da pandemia no último mês no estado, fez de fevereiro de 2021 o mês com mais registros de mortes de sua série histórica no Paraná.

Foram 6,9 mil óbitos registrados pelos cartórios, sendo 2.026 falecimentos a mais do que a média para o período.

Segundo o levantamento, o número foi ainda 29,04% maior do que a média histórica dos meses de fevereiro desde 2003, sendo 28 pontos percentuais a mais em relação à média para o período.

Na comparação com fevereiro do ano passado, o crescimento foi de 29,8%.

“A nossa esperança é de que o pico de mortes no Paraná tenha sido agora junto com a chegada da vacina e que daqui para frente comece a baixar esses números. É essencial se cuidar e proteger as pessoas mais próximas, não só da Covid mas de tudo o que pode causar a morte, como acidentes e violência”, relatou Elizabete.

Mortes na capital

Em Curitiba, o mês de fevereiro deste ano também foi considerado o mais letal da série histórica. Ao todo, foram 1.271 óbitos registrados pelos cartórios no período, 322 óbitos a mais do que a média para o período.

número foi ainda 25,3% maior do que a média histórica dos meses de fevereiro desde 2003, sendo 24,6 pontos percentuais a mais em relação à média para o período.

Na comparação com fevereiro de 2020, o crescimento foi de 49,1%.

Em Curitiba, o mês de fevereiro deste ano também foi considerado o mais letal — Foto: Natalia Filippin/G1

Em Curitiba, o mês de fevereiro deste ano também foi considerado o mais letal — Foto: Natalia Filippin/G1

O Irpen explicou que o número de mortes registradas nos meses de 2021 ainda pode aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no portal da transparência.

“Quero lembrar as pessoas que infelizmente perderam algum parente, que passem no cartório, não deixem acabar o prazo porque depois complica mais a situação. O prazo geralmente é de 24 horas, mas pode ser de até 15 dias para fazer a declaração da morte. Como os cartórios são considerados serviços essenciais pelo decreto, eles estão atendendo normalmente”, orientou a presidente do Irpen.

Transparência nos registros

Conforme a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg), estes dados sempre ficam disponíveis no portal da transparência do registro civil – base que é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos cartórios de registro civil do Brasil.

Esta base que abriga os dados é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que cruza as informações com os dados históricos do estudo “Estatísticas do Registro Civil”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

(Via G1 Paraná)

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