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Variante Delta é mais transmissível, mas estudos não apontam elo com casos mais severos, dizem especialistas

A variante delta do coronavírus já foi detectada em pelo menos 111 países, segundo o mais recente boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim como as outras variantes de preocupação (alpha, beta e gamma), ela é mais transmissível. Entretanto, ainda não é possível afirmar se as variantes provocam casos mais graves ou se são mais letais.

O infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, também destaca que, até aqui, só está comprovada a alta transmissibilidade das variantes.

Potencial de contágio

Em um artigo publicado na revista científica Eurosurveillance, pesquisadores ligados à OMS e ao Imperial College London apontam que a variante delta foi a que teve o maior aumento na taxa de reprodução em relação ao coronavírus original.

Mutação do vírus é comum

Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Isso ocorre de maneira aleatória. “Variantes aparecem todos os dias, centenas ou milhares, eu diria. A cada vez que o vírus se copia, ele sofre mutações”, explica Kfouri.

Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais o vírus circula – é transmitido de uma pessoa para outra –, mais ele faz replicações, e maior é a probabilidade de modificações no seu material genético que vão dar origem a novas variantes.

“Existem milhares de variantes, todos os dias surgem novas. E no meio de milhares de novas variantes aparece uma com capacidade maior de transmissão, que toma conta da epidemia. Quanto mais damos chances, mais variantes piores aparecem”, diz Sabino.

Por isso, Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz e do Emilio Ribas, ressalta que é importante avançarmos na vacinação da população para evitar que o vírus continue tenso sucesso em suas mutações.

“Qual é o problema: temos combinações dessas mutações. Pessoas vacinadas apenas com uma dose ou não vacinadas fazem uma combinação ou uma mutação do vírus”, afirma Muarrek.

Impacto na vacinação

O especialista André Bon, médico infectologista do Hospital Sírio-Libanês, aponta que a circulação de variantes com maior transmissibilidade vai exigir que mais pessoas sejam vacinadas para a obtenção da chamada “imunidade coletiva”.

G1

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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