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Paraná é o quarto estado com mais registros de acidentes aéreos nos últimos 10 anos

No último dia 5, morreu a cantora Marília Mendonça, que tinha apenas 26 anos quando se tornou vítima de um acidente aéreo registrado em na zona rural de Piedade de Caratinga (MG), cidade vizinha a Caratinga (MG), onde a artista se apresentaria mais tarde daquele mesmo dia. Além dela, ainda faleceram na ocorrência o produtor geral da artista, Henrique Ribeiro; o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Martins de Medeiro Júnior; e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

Seguno o Painel Sipaer, uma ferramenta de visualização de ocorrências aeronáuticas na aviação civil brasileira desenvolvida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa), foi possível descobrir que a ocorrência que resultou no falecimento de Marília foi o registro de número 451 envolvendo aeronaves no Brasil em 2021, sendo que desde então houve outras sete ocorrências pelo, totalizando 458 registros neste ano.

Já quando considerada toda a série histórica do Painel Sipaer, verifica-se que, desde 2011 até ontem (17 de novembro), haviam sido registradas 5.659 ocorrências aeronáuticas na aviação civil brasileira. Isso significa que nos últimos 10 anos houve um acidente ou incidente registrado pelo Cenipa no país a cada 17 horas, aproximadamente.

O Paraná, inclusive, aparece com destaque no levantamento, com 464 registros no período analisado (2011 a 2021) e 22 ocorrências apenas no ano corrente, a mais recente delas do dia 2 de novembro, quando uma aeronave que saía de Cascavel rumo a Araraquara (SP) teve uma pane no indicador de temperatura de óleo logo após a decolagem, o que obrigou o piloto a regressar para o aeródromo de onde havia saído — felizmente, o pouso foi realizado sem anormalidades, a aeronave não teve danos e o piloto saiu ileso.

Entre todas as unidades da federação, apenas São Paulo (1.374), Minas Gerais (534) e Rio de Janeiro (489) tiveram mais ocorrências que o Paraná ao longo da última década. Já quando consideradas as ocorrências com fatalidades, o Paraná teve 30 registros, menos apenas que São Paulo (76), Mato Grosso (46), Minas Gerais (43) e Pará (36), sendo importante ressaltar que o número aqui apresentado não diz respeito à quantidade de vítimas em acidentes aeronáuticos (que chega a 67 no Paraná), e sim ao total de ocorrências em que houve algum óbito.

Tipos de casos: acidente, incidente e incidente grave

O Cenipa classifica os acidentes aeronáuticos em três categorias diferentes: acidente, incidente e incidente grave. No Paraná, houveram 155 acidentes ao longo da última década (o mais grave tipo de ocorrência), além de 61 incidentes graves e 268 incidentes.

Na categoria ‘acidente’ estão inclusas qualquer ocorrência que aconteça com intenção de voo, ou seja, com o avião chegando, saindo, embarcando ou desembarcando gente, e cuja situação resulte (1) em lesão grave ou morte de qualquer pessoa; (2) em danos ou falhas estruturais irreversíveis na aeronave; (3) ou caso a aeronave seja considerada desaparecida ou em local inacessível.

Os ‘incidentes’, por outro lado, são as ocorrências não classificadas como acidente e associadas à operação de uma aeronave, havendo intenção de voo, que afete ou possa afetar a segurança da operação e que gere apenas danos reparáveis.

Por fim, os ‘incidentes graves’ são aquelas ocorrências em que um acidente quase aconteceu, o que significa que a diferença entre a ocorrência grave e o acidente está nas consequências provocadas por aquela situação.

As ocorrências mais graves na história recente

Desde 2011 foram registradas 464 ocorrências aeronáuticas na aviação civil paranaense, com um total de 67 mortes no estado. E a partir da análise caso a caso dos registros com fatalidades no Painel Sipaer, foi possível levantar também quais as ocorrências mais graves na história recente do Paraná.

Com relação à notoriedade, um dos mais conhecidos é o que vitimou o então deputado estadual Bernardo Ribas Carli. Em 22 de julho de 2018, o político estava numa aeronave que havia partido de Guarapuava rumo a União da Vitória. No caminho, porém, o avião colidiu contra a copa de árvores e impactou o solo no município de Paula Freitas, ficando destruído. Além do parlamentar, faleceram ainda dois pilotos: Laércio Tavares e Fernando Correa de Souza.

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