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Paraná bate novo recorde, com 96% de ocupação nas UTIs, e vive pior momento na pandemia

Apesar da ativação constante de leitos, o Paraná bateu mais um recorde ontem de taxa de ocupação de leitos para adultos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 pelo SUS: 96%. Segundo boletim divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), são 1249 internados nas UTIs, restando apenas 52 livres. No caso das enfermarias exclusivas para Covid-19, a taxa de ocupação está em 74%, com 1416 internados e 492 livres. Contando a rede pública e privada, até sábado, eram 3.587 paranaenses internados, sendo 3.326 no SUS e 261 em hospitais particulares. A fila de espera por leitos no Paraná estava ontem somava 379 pacientes com confirmação ou suspeita de coronavírus, sendo que 156 aguardavam uma vaga em UTI e 22 em enfermaria.

O aumento de casos e a ampliação de tempo de internação por causa das novas cepas de covid que circulam no Estado colocam o Estado na pior situação desde o início da pandemia. Por isso, o governo do Estado decretou novas medidas restritivas em todo o Estado até o dia 8 de março. As medidas, em vigor desde sábado, incluem o fechamento de comércios não essenciais, a suspensão das aulas e o aumento do período do toque de recolher. A decisão foi anunciada em entrevista coletiva na última sexta com a presença do governador Ratinho Júnior, com o secretário da Saúde, Beto Preto, e com o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Filipak.

“É a maior emergência da história moderna da saúde pública mundial. É a maior ocupação na história da pandemia no Paraná. Nunca tivemos tantos pacientes internados e a taxa de mortalidade aumentou. Mesmo que tivéssemos leitos infinitos, 10% das pessoas (infectadas) terão que internar e 25% delas irão a óbito”, alertou Filipak. “Aqui fica o pedido para as famílias do Paraná. Quero a sensibilidade do Paraná em entender que nesse momento precisamos tomar uma medida mais dura, para que as pessoas não fiquem sem o atendimento médico para lutar pela vida”, declarou Ratinho Júnior.

O resultado do ‘lockdown’, no entanto, deve demorar de 10 a 14 dias a aparecer e até lá a situação nos hospitais tende a piorar ainda mais. Entre as macrorregionais de Saúde, a Oeste é a que apresenta maior índice de ocupação: 98%, seguinda da Leste (que abrange a região de Curitiba, Campos Gerais e Litoral), com 97%, a Noroeste, com 94% e a Norte com 93%.

Com informações:Bem Paraná/Foto: Franklin de Freitas

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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