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Ex-guarda acusado de matar Matheus Evangelista é condenado a 18 anos de prisão

O ex-guarda municipal Fernando Neves foi condenado a 18 anos e um mês de prisão pela morte do jovem Matheus Evangelista, em março de 2018. O júri popular ocorreu nesta terça-feira (3) em Londrina, no norte do Paraná.

Mesmo condenado, o ex-guarda municipal não saiu do julgamento preso, ele tem o direito de recorrer da decisão em liberdade.

O julgamento aconteceu três anos e meio depois do crime. Matheus, que à época tinha 18 anos, foi atingido por disparo de arma de fogo na madrugada de 11 de março de 2018.

Guardas municipais foram chamados para atenderem uma ocorrência de perturbação de sossego na zona norte da cidade e, durante a abordagem de pessoas que estavam no evento, um tiro foi disparado.

Gravações de câmeras de segurança mostraram o momento em que uma viatura da Guarda Municipal chegou com o jovem ferido ao hospital da Zona Norte. Ele foi levado ao pronto-socorro, mas não resistiu ao ferimento.

Uma reconstituição do crime foi realizada no local em que ocorreu o disparo, mas a perícia não conseguiu avançar nas investigações.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná compararam imagens, documentos e depoimentos e concluíram que o disparo partiu da arma de um dos guardas e que eles teriam adulterado provas para dificultar as investigações.

Dois guardas chegaram a ser presos, mas só um passou a ser responsabilizado pelo disparo: Fernando Neves.

Neves foi acusado pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual – por ter levado a vítima baleada até o hospital dentro do veículo da GM – e falsidade ideológica – devido ao Boletim de Ocorrência registrado por ele dizendo que o tiro partiu de outra pessoa e não de um integrante da GM.

Desde o primeiro depoimento à polícia, ele negou a acusação, afirmando que é inocente.

Outros dois guardas investigados tiveram o processo extinto após fecharem acordo com o Ministério Público.

Neves ficou na cadeia de abril de 2018 a outubro de 2020, quando conseguiu liberdade provisória e passou a usar tornozeleira eletrônica. Ao ser solto, reafirmou que era inocente.

“Estava um som alto por causa do batidão, gritávamos a todo o momento para que as pessoas ficassem perfiladas. Quando eles se aproximaram do muro, percebi que o jovem estava no chão. Não sei quem atirou no Matheus. Eu não efetuei um único disparo aquele dia”, disse o ex-guarda municipal quando deixou a prisão.

Além do processo criminal por assassinato, Fernando Neves também respondeu a um processo administrativo e foi demitido da Guarda Municipal.

Por causa da pandemia, o julgamento foi transmitido pela internet, apenas o juiz, promotor, advogados, testemunhas e jurados tiveram acesso à sala do júri.

As famílias de Neves e de Matheus Evangelista não tiveram permissão para entrar e também acompanharam pela internet.

O que dizem os citados

O advogado André Salvador, que defende Fernando Neves, afirmou que vai recorrer da pena aplicada e buscar um novo julgamento.

“Eu respeito a decisão soberana dos jurados, contudo entendo que o veredito foi contrário à prova dos autos”.

Já o advogado Mario Barbosa, que defende a família da vítima, disse que ficou satisfeito com o resultado.

“Ficamos contentes com o resultado porque ele significa que a Justiça foi feita, só não gostamos de o magistrado permitir que ele [Fernando Neves] recorresse em liberdade”.

Via:G1

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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